21 setembro 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO “Cartas de um Nihonjin uchinanchu do Brasil” do escritor Paulo Moriassu Hijo




LANÇAMENTO DO LIVRO
“Cartas de um Nihonjin uchinanchu do Brasil” do escritor Paulo Moriassu Hijo

Dia: 22 de setembro de 2009
Horário: 19H30 às 22H00
Local: Biblioteca Municipal “Paul Harris”
Av. Dr. Augusto de Toledo, 255
Bairro Santa Paula - São Caetano do Sul - SP


Culturas brasileira, japonesa e
okinawana reunidas numa infância

Por Osvaldo T. Higa

Reminiscência da infância que reavive aspectos das culturas nipônica e okinawana, muitos deles praticamente desconhecidos pelos brasileiros. Esse é o dado que mais chama a atenção na leitura do livro "Cartas de um nihonjin uchinanchu do Brasil", de Paulo Moriassu Hijo.
O próprio título da obra deverá provocar três prováveis reações: dúvidas e curiosidade nos brasileiros que não têm a menor noção sobre a língua japonesa; dúvidas também nos japoneses e seus descendentes que desconhecem a língua okinawana; e interesse nos okinawanos e seus descendentes em se verem indentificados nessa narrativa.
Literalmente, na língua portuguesa, o título do livro seria "Cartas de um japonês okinawano do Brasil". Mas o autor fez questão de grafar os adjetivos gentílicos em suas formas fonéticas originais para destacar que, inconscientemente, as três culturas estavam presentes no dia-a-dia de sua infância.
Nascido em 1953, em Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo, Paulo Moriassu Hijo viveu seus primeiros sete anos de vida num sítio, sob os cuidados de seus avós -- imigrantes que vieram de Okinawa, antigo reino de Ryukyu, anexado como província do Japão em 1870.
No sítio, com os avós, sua comunicação era afeita em uchinaguchi (idioma okinawano), com os demais colonos de origem japonesa, trocava palavras em nihongo (idioma japonês) e começou a aprender formalmente a língua portuguesa ao iniciar a escola primária.
A narrativa dessa infância foi feita a d. José de Aquino Pereira, que foi o primeiro bispo da Diocese de Presidente Prudente, instalada em 1960. Lá, aos dez anos, Paulo Moriassu Hijo era coroinha da Catedral São Sebastião. No fim de 1964, ele e sua família mudaram-se para Santo André, na Grande São Paulo.
O ex-coroinha e o bispo só viriam a retomar contatos em 2004, mais de 40 depois. Nesses contatos, o autor, por meio de cartas, contou-lhe como foi a infância de um garoto que, a um só tempo, convivia com três idiomas, com culinárias diversas, com a tradição xintoísta de Okinawa e com a fé na crença católica.

Osvaldo T. Higa é escritor, jornalista e produtor de televisão.



Sobre o autor

Paulo Moriassu Hijo nasceu em 03 de fevereiro de 1953, em Presidente Prudente, São Paulo, onde morou até o fim de 1964, quando veio morar em Camilópolis, Santo André, no ABC Paulista.

Em 1971, conseguiu uma vaga para fazer o segundo colegial no concorrido I.E.E. Cel. Bonifácio de Carvalho, em São Caetano do Sul, onde logo foi descoberto pelos professores de educação física que era veloz.

Foi inscrito nos 100 m rasos, no salto em distância, no revezamento 4x100 m, para correr com Ralphy, Centelha e Cadado na Olimpíada Colegial do Tijucussu Club de 71. Ganhou três medalhas de ouro no atletismo e mais uma com a equipe de Vôlei.

Foi convidado a treinar com a equipe principal de São Caetano do Sul. No fim daquele ano de 1971, numa cerimônia no Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho, quando houve a premiação dos melhores esportistas, recebeu o troféu de revelação do ano.

Depois do Colegial, fez educação física na FEFISA, considerada uma das melhores faculdades da área daquela época. Tornou-se em 1976, com apenas 23 anos, técnico da equipe principal de atletismo, ficando no cargo até o fim de 1984.

Deixou o esporte para lecionar inglês me uma rede de escola de idomas e fazer filosofia na USP. Em 2007 foi convidado a ser colunista da revista www.gostodeler.com.br , na qual figura entre os mais bem lidos. Com a vivência como cronista, adquiriu o gosto pela escrita e vai lançar o seu primeiro livro, “Cartas de um nihonjin uchinachu do Brasil”, editora Virgo, de São Caetano do Sul. É membro da Academia Popular de Letras, presidida por Ana Maria Guimarães Rocha.

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